Não é fato novo notícias de escândalos
envolvendo a Prefeitura Municipal de Assú. Denuncias de corrupção surgem a todo
o momento, inserido numa rede de golpes que lesa o cidadão açuense e diminui a
moral do município perante o Estado. Agora encontramos uma situação diferente.
Novos “atores” estão aliados e com isso me pergunto qual realmente deveria ser
o papel do secretariado. Será que eles estão lá para gerir o município, ou são
meros atores políticos?
Os
secretários, assim como os ministros em âmbito federal, são cargos nomeados
pela pessoa que está à frente da administração pública, no caso municipal o
Prefeito. O critério de nomeação geralmente é definido pelo nível de vínculo
que a pessoa exerce com ele. Por meio deste sistema é perfeitamente possível
que pessoas despreparadas, descompromissadas ou preocupadas em atender
interesses pessoais possam estar à frente da máquina administrativa, gerindo
políticas públicas que definirão os rumos da população. Isso é um tanto quanto
preocupante.
O
principal problema da equipe de secretariado de um governo é simples: é que
eles, quando são contratados esquecem que devem agir como técnicos, pessoas
destinadas a criar políticas públicas para atender as necessidades básicas da
população, e não como inexperientes políticos. Não se deve misturar a
tecnoburocacia com a politicagem. Um secretário deve ir a campo, deve conhecer as
necessidades e anseios da população, conversar com a comunidade, ser receptivo
para em fim agir no problema. Não ache que a solução será encontrada dentro de
gabinetes refrigerados, ou por meio de computadores com acesso a internet, nem
muito menos que alguém vai chegar batendo na sua porta com a solução.
Quando
a pessoa destinada a estar à frente da secretaria não age dessa forma, acontece
o que estamos acompanhando na Secretaria de Saúde de Assú: escândalos
envolvendo desvios de verbas públicas, descaso com a população, e falta de
serviços básicos de atendimento.
Quanto
à secretária Lucianny Guerra, recordo-me de uma entrevista dada ano passado a
rádio Princesa do Vale. Na oportunidade a mesma gastou seu tempo falando de
perseguição política, da falta de recursos que o então prefeito Ronaldo Soares
não destinava a saúde do município, e exaltando às maravilhas (que só ela percebe)
da atual gestão para com a secretaria.
Diante
dos fatos podemos perceber que a preocupação da secretária com a politicagem
está acima da técnica na qual lhe foi atribuída. Cabe agora esperar o
desenrolar da situação, esperar os esclarecimentos que vão ser dados ao cidadão
açuense, principal afetado, e aos órgãos competentes. E quem sabe esperar do
prefeito um maior comprometimento e a reforma do seu secretariado.
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